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Saiba como os exercícios físicos são ótimos para os idosos em tempos de crise

O Brasil passa por um processo de envelhecimento populacional, como em todos os locais do mundo. Contudo, o aumento na expectativa média de vida do brasileiro não foi devidamente acompanhado por melhorias e incrementos significativos na qualidade de vida da população, resultando em uma expectativa de vida livre de incapacidades de apenas 54 anos (IBGE, 2000). Nesse ponto, assumir um estilo de vida ativo é fundamental para a manutenção da qualidade de vida do indivíduo.

O envolvimento regular na prática de atividades e exercícios físicos pode retardar o declínio normal relacionado à idade na função dos diferentes sistemas. Pode também, controlar e prevenir doenças crônico-degenerativas (cardiovasculares, diabetes, câncer, hipertensão, etc.) que podem levar a debilidades.

Quais fatores influenciam para o idoso ser tão inativo?

A literatura aponta a existência de fatores que influenciam essa prática tanto de forma positiva, quanto negativa. Os fatores que facilitam, oportunizam ou viabilizam essa prática, são chamados “facilitadores”, e os que atrapalham ou dificultam, são chamados de “barreiras”.

As barreiras podem ser: internas: aquelas que dizem respeito ao pensamento individual, ao sentimento do idoso, à forma como fazem a leitura de um fenômeno ou fato; e externas: aquelas que se referem ao ambiente, a situações e à sociedade em geral.

Portanto verifica-se que existem vários fatores que auxiliam tanto a inserção quanto a aderência do idoso em programas de exercícios físicos, e isso passa por aspectos da educação, do âmbito familiar e social, da área da saúde e da economia, da quebra de vários paradigmas, enfim, dos aspectos que permeiam a qualidade de vida da população.

Que o exercício físico é de extrema importância para o ser humano todos nós já sabemos, mas por que no caso dos idosos isso se torna uma arma indispensável?

A resposta para essa pergunta está presente em diversos aspectos, entre eles está um dos principais que é o declínio do sistema fisiológico o que leva a vulnerabilidade do organismo tornando assim um idoso frágil.

Em tempos de crise pela falta de atenção aos idosos e a falta de prioridade que é imposta ao exercício físico essa fragilidade fica muito mais próxima e é nesse momento em que devemos tomar mais cuidado, se o idoso não tiver habito de treinar e se exercitar ele fica mais próximo de algo que chamamos de sarcopenia que é um declínio de massa muscular relacionado a idade, a sarcopenia é um dos gatilhos para todo o ciclo de fragilidade do idoso.

Características da fragilidade

Um idoso frágil se torna um ser muito mais dependente e existem algumas condições não específicas da fragilidade que apontam isso, são elas:

  • Fadiga extrema
  • Perda de peso não intencional
  • Infecções frequentes

Como identificar possíveis problemas relacionados a fragilidade?

#01. Quedas

1. Comprometimento do equilíbrio e da marcha

2. Recorrência em quedas dentro de um curto espaço de tempo

3. Mobilidade severamente comprometida como consequência psicológica do medo de cair

#02. Delírio

1. Momentos de confusão mental e consciência prejudicada

2. Redução da integridade da função cerebral.

#03. Padrões inconstantes de capacidade funcional

1. Dias muito bons (independência nas atividades diárias)

2. Dias muito ruins (necessidade de um cuidador)

#04. Sistema endócrino frágil

O cérebro e o sistema endócrino são ligados intrinsecamente pelo eixo hipotálamo pituitário, o eixo hipotálamo  pituitário controla o metabolismo e o sistema energético através da liberação hormonal, durante o envelhecimento a produção de importantes hormônios circulantes diminuem, ou seja, há um aumento de cortisol e uma diminuição de GH, IGF-1 e hormônios adrenocorticais.

O que fazer para evitar ou amenizar todos esses problemas que a falta de exercício pode ocasionar em idosos?

Os programas de exercícios mais bem sucedidos, são aqueles voltados para a melhora da força e das habilidades funcionais, ou seja, são aqueles que englobam força e equilíbrio.

Equilíbrio e dupla tarefa

 As alterações do equilíbrio correspondem a 85% das queixas em idosos acima de 65 anos, podendo se manifestar como desequilíbrio, instabilidade e quedas frequentes e comprometendo a funcionalidade do paciente. As quedas ocorrem principalmente quando há associação de duas tarefas, que pode ser uma caminhada associada a uma conversa ou mesmo ao carregar um objeto. Apesar da importância do treinamento da dupla tarefa, tradicionalmente, programas de treinamento enfatizam a realização da tarefa simples com o objetivo de melhorar o equilíbrio e reduzir o risco de quedas.

As quedas apresentam diversos impactos negativos na vida de um idoso, incluindo declínio funcional, hospitalização, institucionalização, com altas taxas de morbidade e mortalidade, com grande impacto no sistema de saúde. Além das consequências diretas da queda, os idosos podem restringir suas atividades devido a dores, incapacidades, medo de novas quedas, e também por atitudes protetoras de familiares e cuidadores. Os familiares devem estar sempre estimulando a atividade física e não o contrário.

Treinamento de força

O treinamento de força parece ser um tipo seguro de exercício mesmo para os idosos frágeis. Os limites para o treinamento de força na população de idosos não são bem compreendidos. Tanto o homem quanto a mulher respondem ao treinamento de força, e até nonagenários parecem manter a capacidade de adaptação a este tipo de exercício.

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E para finalizar…

Trouxemos alguns exemplos de intervenções que podem ser feitas

– tarefa dupla: estimulo motor + cognitivo / estimulo cognitivo + estimulo cognitivo / estimulo motor + estimulo motor.

Esse trabalho melhora por exemplo a velocidade em que as mensagens aferentes chegam no cérebro e a velocidade em que as mensagens eferentes chegam ao destino, dando por exemplo o tempo de um idoso corrigir uma pisada em falso e não vir a cair.

– Potência: melhora a velocidade de movimento do idoso o deixando mais ágil e com uma capacidade funcional muito melhor desenvolvida.

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